Unção dos Enfermos

ASPECTOS TEOLÓGICOS DOUTRINAIS

“Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados”.

“O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que está passando pelas dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice”.

“Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus”.

O sacramento da Unção dos Enfermos confere ao doente a graça do Espírito Santo, que contribui para o bem do homem todo, reanimado pela confiança em Deus e fortalecido contra as tentações do maligno e as aflições da morte, de modo que possa não somente suportar, mas combater o mal, e conseguir, se for conveniente à sua salvação espiritual, a própria cura. Esse sacramento proporciona também, em caso de necessidade, não havendo possibilidade de confissão prévia, o perdão dos pecados e a consumação da penitência cristã.

Os fiéis devem pedir para si e para seus familiares, sem medo nem constrangimento, o conforto do sacramento da Unção dos Enfermos. Cuidem os pastores e os parentes dos enfermos para que estes sejam confortados em tempo oportuno com este sacramento, para que possam participar conscientemente da sua celebração.

 

DIRETRIZES PASTORAIS

Quem pode receber a Unção dos Enfermos

A Unção dos Enfermos pode ser administrada a todo batizado que tenha atingido o uso da razão e esteja em perigo de morte ou por motivo de doença grave e velhice.

Crianças gravemente doentes podem recebê-la, desde que tenham atingido o uso da razão e possam encontrar conforto neste sacramento.

À pessoa de idade pode ser conferida, quando suas forças se encontram sensivelmente debilitadas, mesmo que não se trate de enfermidade grave. Antes de uma operação cirúrgica pode ser dada ao enfermo a unção, sempre que a doença grave seja a causa da intervenção.

A doentes privados dos sentidos ou do uso da razão pode ser ministrada, quando se pode supor que a pediriam se estivessem em pleno gozo de suas faculdades, sendo reconhecida a suficiência de uma expressão interpretativa da intenção de receber este sacramento por um fiel que levou uma vida cristã exemplar.

Na dúvida se o doente está em uso da razão, se existe perigo de morte ou se já está morto, deve ser administrado o sacramento.

Não se administra a Unção dos Enfermos quando há certeza da morte: o presbítero encomenda a Deus o falecido, mas não administra o sacramento, que é unção de doentes e não de defuntos.

Não se pode repetir a administração deste sacramento por devoção ou porque se apresenta a ocasião, como, por exemplo, cada semana, cada mês.

O sacramento da Unção dos Enfermos pode ser repetido em três circunstâncias somente:
I- quando aquele que o recebeu recuperou a saúde e tornou a adoecer com risco de morte;
II- durante a mesma doença, se houver um agravamento;
III- em caso de doentes crônicos e idosos é permitido repetir a unção.

 

Ministro da Unção dos Enfermos     

Só bispos e sacerdotes podem conferir a Unção dos Enfermos. O diácono não pode administrar este sacramento; menos ainda um leigo.

Em perigo de morte e outra grave necessidade urgente, os presbíteros católicos administram licitamente o sacramento da Unção dos Enfermos a cristãos que não tenham plena comunhão com a Igreja Católica. Condições para isso:
I- Se esses cristãos não puderem procurar um ministro de sua confissão para pedi-lo espontaneamente;
II- Se manifestarem fé católica a respeito deste sacramento;
III- Se estiverem devidamente dispostos.

 

A celebração do sacramento

A celebração da Unção dos Enfermos seja feita sempre que possível com a participação dos familiares.

Normalmente a unção é precedida por uma breve celebração da Palavra. O núcleo do rito sacramental é a unção na fronte e nas mãos do doente, acompanhada da oração: “Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos”.

O óleo usado deve ser bento pelo Bispo. Em caso de necessidade, o presbítero que administra o sacramento pode benzer o óleo, que será usado exclusivamente no ato da celebração do sacramento.

Para a administração comunitária da unção a um grande número de doentes, em peregrinações, reunião de fiéis enfermos em hospitais ou asilos, paróquias ou associações de enfermos, haja uma adequada preparação e reta disposição dos doentes que não estejam necessariamente acamados.

Fonte: Estatutos, Diretórios e Subsídios da Arquidiocese de Maringá.

Voltar