Crisma

PARA MAIORES INFORMAÇÕES, A RESPEITO DA PREPARAÇÃO PARA ESTE SACRAMENTO, ENTRAR EM CONTATO COM A SECRETARIA PAROQUIAL.

 

ASPECTOS TEOLÓGICOS E DOUTRINAIS

Os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias. No Novo Testamento, toda a vida de Jesus se realiza em comunhão total com o mesmo Espírito, em vista de sua missão salvífica. A manifestação do Espírito Santo no Batismo de Jesus foi sinal de sua messianidade e filiação divina.

Várias vezes o Senhor prometeu enviar aos seus a efusão do Espírito Santo. Ele cumpriu esta promessa na ressurreição e, de modo admirável, no dia de Pentecostes. Os que acolheram a palavra e foram batizados receberam o dom do Espírito Santo (At 2,38).

“Desde então, os apóstolos, para cumprir a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito Santo, que leva a graça do Batismo à sua consumação (At 8,15-17; 19,5-6). [...] A imposição das mãos é com razão reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da Confirmação que perpetua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes” (Paulo VI, Constituição Apostólica Divinae Consortium Naturae).

À imposição das mãos, a Igreja uniu a unção com o óleo, crisma. Esta unção completa a iniciação cristã, solidifica a graça batismal e é sinal de uma participação mais intensa na missão de Jesus e na plenitude do Espírito Santo. Pela Confirmação, o Espírito Santo, presente no coração do batizado, é assumido como força para a missão de ser luz que faz resplandecer o próprio Cristo.

A Confirmação imprime na alma o caráter, marca espiritual indelével que aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Batismo, e confere a missão de testemunhar publicamente a fé. “Pelo sacramento da Confirmação, os batizados são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de especial força do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras”. “Assim como o Espírito Santo, derramado em Pentecostes, consolidou a vocação missionária da Igreja, a força do mesmo Espírito, conferida na Confirmação, impele o cristão a se tornar missionário, em vista da edificação da Igreja”.

Pela Confirmação, sacramento da maturidade cristã, o batizado assume, de forma consciente, sua fé e reafirma o compromisso de se tornar, pelo próprio esforço e pela graça de Deus, uma “nova criatura”.

“A Confirmação está de tal modo ligada à sagrada Eucaristia que os fiéis, já marcados com o sinal do Batismo e da Confirmação, são inseridos plenamente no corpo de Cristo pela participação na Eucaristia”. O crismando é declarado plenamente iniciado e adulto na fé, pronto para a missão e o apostolado, na Igreja e no mundo.

Os fiéis têm obrigação de receber a Confirmação; sem este Sacramento e a Eucaristia, o Batismo é, sem dúvida, válido e eficaz, mas a iniciação cristã permanece inacabada.

 

DIRETRIZES PASTORAIS

Quem pode receber a Confirmação

Todo batizado ainda não crismado pode receber o sacramento da Confirmação.

Exceto em perigo de morte, para que a pessoa possa receber licitamente a confirmação, havendo o uso da razão, é necessário estar convenientemente preparada, devidamente disposta e em condições de renovar as promessas do Batismo. Ocorrendo perigo de morte, a Crisma será administrada às crianças, mesmo antes do uso da razão, ou aos adultos que não a receberam, pelo pároco ou qualquer sacerdote, para não privá-los da graça do sacramento.

Um candidato à Confirmação deve professar a fé, estar em estado de graça, ter a intenção de receber esse sacramento e estar preparado para ser discípulo e testemunha de Cristo na comunidade eclesial e nas ocupações temporais.

O confirmando deve confessar-se individualmente antes de receber a Confirmação.

 

O ministro da Confirmação

O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. A administração pelo Bispo assinala que esse sacramento une os que o recebem mais intimamente à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua missão de testemunhar Jesus Cristo.

Somente o Bispo pode conceder a presbíteros a faculdade de administrar a Confirmação.

Em perigo de morte, todo presbítero pode dar a Confirmação a um cristão.

 

Sobre os pais

Em encontros próprios, os pais devem ser conscientizados sobre o sacramento da Confirmação e participar ativamente de sua celebração.

É conveniente que o padrinho do Batismo esteja presente no dia da Confirmação.

 

Sobre a conclusão do processo de IVC

Como norma geral, a Confirmação deve ser conferida quando o crismando concluir o tempo de preparação, independentemente da idade em que se encontra o catequizando.

Mais do que com a idade, o pastor deverá preocupar-se com a maturidade da fé do candidato à IVC, e com a sua inserção na comunidade.

As últimas fases de catequese de IVC devem ser um aprofundamento da vida cristã, uma confirmação do compromisso do Batismo e uma oportuna motivação para o engajamento no pós-Crisma em preparação para realizar um projeto de vida e assumir uma missão na comunidade. Por isso sua preparação deve ser feita por catequistas bem preparados, amadurecidos na fé e que estejam abertos às mudanças que vão acontecendo ao longo da história da catequese.

A catequese para os sacramentos devem ser dada com os subsídios e roteiros aprovados pelo Arcebispo Metropolitano.

A inscrição para a catequese e, consequentemente, para a recepção do próprio sacramento, deve ser feita com antecedência, na própria paróquia, com a apresentação da certidão do Batismo e comprovação da primeira Eucaristia.

 

Local e dia da Confirmação

A administração desse sacramento deve ser uma verdadeira festa para a comunidade, porém, sem perder o clima do sagrado.

Recomenda-se que o sacramento da Confirmação seja celebrado na igreja e dentro da missa. Por causa justa e razoável, pode ser celebrado fora da missa e em outro lugar digno.

A renovação das promessas do Batismo lembra a estreita ligação entre os dois sacramentos.

Respeitando a criatividade de cada paróquia ou capela, são importantes algumas orientações e sugestões aos párocos e catequistas para a celebração do sacramento:
I- Liturgia: As orações e leituras podem ser próprias da Crisma, desde que a celebração não ocorra numa solenidade, num domingo do Advento, do Natal, da Quaresma e da Páscoa, num dia dentro da oitava da Páscoa ou na festa dos Apóstolos S. Pedro S. Paulo. Nesses dias, conforme prescrevem as rubricas, a missa deve ser “do dia”, com suas leituras e orações.
II- Entrada: Os crismandos deverão estar dentro da igreja, nos bancos, no início da celebração.
III- Homenagens: As homenagens aos catequistas e crismandos, bem como a entrega de certificados, sejam feitas após a missa, de preferência no salão paroquial, a fim de salvaguardar o esplendor do próprio rito e não prolongar demasiadamente a cerimônia.

 

Do registro

No “Livro da Crisma”, a ser conservado no arquivo paroquial, devem ser anotados os nomes dos crismados, mencionando-se também o nome do ministro, dos pais, do lugar e o dia da celebração da Confirmação.

Após a Confirmação, o crismado deve ter a continuidade, engajando-se nos grupos de vivência do pós-Crisma.

Fonte: Estatutos, Diretórios e Subsídios da Arquidiocese de Maringá.

 

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